janeiro 16, 2007

Casa PR

Fotos: FG+SG Fernando Guerra + Sérgio Guerra




































































No limite das planícies do rio Arunca, e vincado por um talude coroado por uma rua privada da Quinta, o terreno é fortemente caracterizado pelos diferentes níveis de cota pontuados por árvores aleatórias.
A exigência dos clientes era única e objectiva, também pouco flexível, ambos defendiam saberes e experiências vivenciais diferentes, e tudo isso era reflexo de um só projecto. A receita estava em cruzar a informação conseguida pela análise individual de cada um e transforma-la em conceito levado até as ultimas consequências sem o desvirtualizar.
A solução de adequar o projecto ás duas cotas distintas, resolveu a volumetria e parte do programa. Paralelamente houve o cuidado de conduzir a luz a todas as zonas da habitação de uma forma simples e directa sem se sobrepor à envolvente. O piso térreo assume-se como um largo muro de suporte em pedra, que alberga todo o programa de serviços domésticos e garagem. O piso íntimo descansa sobre o dito muro, projectando-se sobre a sala de estar limitada a panos de vidro, fragilizado pelo deslocamento do pilar no limite da viga. O volume de betão esconde os vãos e valoriza a privacidade, como se retirasse-mos fatias de um bolo privilegiando o núcleo.
A luz atravessa os volumes em todas as direcções e nos vários sentidos.

O homem pode viver a arquitectura como a pensa,
Mas vive na arquitectura como se sente bem.

A arquitectura não é só para os outros,
Mas é mais arquitectura quando é para nós.

A arquitectura complica-se quando somos os próprios clientes.

A arquitectura tem os clientes mais inesperados, mas existe sempre solução.

(Texto atelier PR arquitectos)


Planta piso 0


Planta piso 1


Planta cobertura


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